Não cansa
Deito, minha mãe, no peito amargo do amor.
Dou à ti o café amargo que cuspiu em minha cara.
Sobre isso, sobre isso minha mãe, meu corpo não cansa.
Sobre isso que falo, sinto, relembro;
O corpo cansado da bailarina
O corpo rejeitado da prostituta
Ter o corpo
Ser o corpo
O corpo que dá prazer
O corpo que não pode sentir.
Ei, calma!
Silêncio corpo.
Comentários
Postar um comentário